quarta-feira, 22 de junho de 2011

Um Ato de Coragem


[John Q, 2001]
O operário John Q(DenzelWashington) depara-se com uma doença grave (seu coração está crescendo demais, sendo necessitando de um transplante) que subitamente acomete seu filho. Como o tratamento é muito caro e seu plano de saúde não cobre, ele decide empunhar uma pistola para fechar o setor de emergência do hospital que rejeitou tratamento para seu filho e tomar como reféns as pessoas presentes lá (funcionários e pacientes), sob a exigência de ter o nome de seu filho na lista de transplantes de coração o mais rápido possível. O filme apresenta uma história de grande apelo emocional (também pela comovente obstinação do personagem principal), apesar de presentes os clichês, típicos de filmes de situações com reféns (negociador em crise pessoal, reféns se desentendendo, tentativas fracassadas de resgate, etc.). Mas, pertinente mesmo é a crítica ao sistema de saúde americano, denotados nos trecho em que a gelada diretora do hospital (Anne Heche), ao saber da condição de saúde da criança e das condições econômicas dos pais, já sugere tratamento paliativo; e em outro quando um funcionário do hospital escancara uma verdade dura: o filho de John podia ter sido diagnosticado muito antes, mas não o fora devido ao acordo que (especula-se) médicos teriam com empresas de plano de sáude, que orientariam a esconder diagnósticos de doeças de tratamento dispendioso se o cliente/paciente for pobre, e portanto não ter condições de pagá-lo, pondo assim, em cheque a ética profissional e a vida das pessoas, em favor do capital. Drama interessante, vale conferir.
Nota: 8/10
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