quarta-feira, 27 de julho de 2011
Tudo Pode Dar Certo
[Whatever Works, 2009]
Comédia do cineasta cult Woody Allen, este filme nos apresenta Boris, um senhor nova-iorquino ex-professor universitário na faixa dos 60 anos de idade, que para sobreviver dá aulas particulares de Xadrez e que possui um modo cético e muito cínico de ver a vida e as pessoas. Boris já teve um passado brilhante, tendo inclusive concorrido ao prêmio Nobel de Física e que foi casado com uma mulher bonita, rica e inteligente, da qual se divorciou por considerá-la "muito certa" para ele. A rotina de sua vida muda quando acolhe uma simplória e ingênua jovem mulher que "fugiu" de sua família fundamentalista no conservador Mississipi, e neste momento uma deseperada "sem-teto". Á medida que ele permite que a garota "estique" sua estadia em seu modesto apartamento, ele desenvolve uma inesperada afeição a ela, ao constatar que com a convivência ela está adquirindo um pouco de sua peculiar visão de mundo, algo incomum para alguém tão jovem e de baixo nível intelectual. Essa afeição é recíproca e logo ela convence o ultra-racional físico a se casarem. Durante um tempo eles vivem relativamente felizes até a mãe da garota "foragida" bater na porta do improvável casal e mudar as coisas entre eles. Posteriormente aparece à sua porta seu pai, não muito diferente de sua mãe: hipócrita e sexualmente reprimido. Estes dois últimos personagens serão responsáveis por reviravoltas divertidamente irônicas. Mas quem se destaca nesta obra é mesmo Boris, com sua rabugice e pessimismo, a exemplo de seu lema "qualquer coisa que funcione" ("whatever works", referido no título original), que segundo ele é a que nossos sonhos frustrados da juventude cedem lugar (me fez refletir), além de sua descrença a temas "sagrados" como Deus, Amor e Felicidade, compondo um personagem estranhamente fascinante. Ótimo filme.
Nota: 8/10
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